quarta-feira, 30 de junho de 2010
Curso de Paleopatologia
Pode consultar outras informações e o programa do curso aqui.
domingo, 27 de junho de 2010
Bolsa de Investigação - Universidade de Coimbra
Research grant for the study of natural history collections of
the University of Coimbra
Project: FCT – HC/0119/2009
The Instituto de Investigação Interdisciplinar (III) of Coimbra University and the Science Museum of Coimbra University has open a position for a research grant (BI) for 24 months starting on September 2010.
Location: Science Museum of Coimbra University
Value: in accordance with the FCT rules on
http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/valores.phtml.pt
A research project funded by Fundação para a Ciência e a Tecnologia to the Instituto de Investigação Interdisciplinar (III) of Coimbra University has available a position for a research grant to study the natural history collections of the University of Coimbra. The grantee will work with the natural history collections of Coimbra University. The main objective is to deepen the knowledge about the original collections and their development from the 1772 to 1911. The collections are associated with the original exhibition spaces, including the 18th century Natural History cabinet, which has been preserved to our days. The study of the objects and specimens of the collections will add to the history of science in relation to the constitution and scientific use of the natural history collections of the University of Coimbra. It will also constitute an important information source to the redisplay of the College of Jesus that consists of the 2nd phase of the Museum of Science development. The information gathered will add up in the database of the currently online Digital Museum. The work will focus on the history of the acquisition protagonists, collectors, teachers, donors into the collections and their use for scientific purposes.
Minimal qualifications:
Masters in Biological or Earth Sciences.
Special requirements:
Be familiar with natural history collections.
Very good knowledge of Portuguese language, as most material is written in Portuguese.
Evaluation:
Juri is constituted by Prof. Paulo Gama Mota, Director of the Science Museum, Prof. Carlota Simões, Vice-President of the Science Museum, and Dr. Pedro Casaleiro, museologist and member of the board of the Science Museum. Candidates will be evaluated by their CV and letter of motivation. The three best classified will be evaluated by interview.
How to apply:
Candidates must send CV and letter of motivation to geral@museudaciencia.pt from July 7 until July 30.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Ciclo de Conferências ALT-SHN
Formadores/oradores:
Katina Lillios,
Anna J. Waterman
Jonathan T. Thomas
Joe Alan Artz
17 de Julho - Palestras - Auditório da Junta de Freguesia de Santa Maria do Castelo e S. Miguel Entrada Livre Até 40 participantes
Entre as 10.00h e as 17.30h
24 e 25 de Julho – Workshops - Biblioteca da ALT-Sociedade de História Natural 20€ (sócios) / 30 € (não sócios) - cada workshop 8 a 14 participantes
Entre as 10.00h e as 17.00h
PROGRAMA Palestras 17 Julho
10:00 - Interdisciplinary Excavations at the Late Neolithic-Early Bronze Age Rockshelter of Bolóres, Katina T. Lillios and Joe Alan Artz
11:30 - Identifying Individuals in the Late Neolithic Collective burials of Bolóres: Successes and Constraints, Anna J. Waterman
14:30 - Raw Materials and Taste in the Late Neolithic Material Culture of the Estremadura, Jonathan T. Thomas
16:00 - The Engraved Slate Plaques of Neolithic Iberia, Katina T. Lillios
Workshop 24 Julho
10:00-17:00 - Experimental Replication of Late Neolithic Slate Plaques and Beads, Jonathan T. Thomas
Workshop 25 Julho
10:00-17:00 - Working with Fragmented Human Remains from Collective Burials: A Tutorial in Refitting and Identification, Anna J. Waterman
Para mais informações:
www.alt-shn.org
educacao@alt-shn.org
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Identificar “foodways” em Quseir
Uma última mensagem sobre o congresso do IWGP.
M. Van der Veen fez, com Jacob Morales e Alison Cox, uma apresentação na linha daquela que já havia feito no último congresso da AEA em York no ano passado. Ainda assim não deixa de surpreender não só pela preservação dos materiais vegetais (dissecados) que apresenta mas principalmente pela abordagem que faz ao tema da alimentação.
Vejam o resumo aqui.
Tal como em York, esta comunicação centrada nos resultados obtidos na jazida romana (séculos I a III d.C.) e muçulmana (séculos XI a XIII) de Quseir, no Egipto, começou com uma citação de A. Sherrat:
“People do not eat species, they eat meals.”
É uma citação muito pertinente que nos relembra que os vestígios arqueológicos que frequentemente tornamos uma abstracção são o reflexo de uma realidade concreta, são o resultado de gestos e processos naturais concretos. Afinal de contas, as comunidades antigas não habitavam sítios arqueológicos mas sim povoações.
A investigação em “foodways”, de inspiração antropológica, trata não só os processos pelos quais um determinado bem alimentar se torna numa refeição, desde a semente ao prato, mas também as práticas sociais associadas à refeição: quem prepara, quem come o quê, como se come.
Em Quseir notam-se diferenças cronológicas ao nível do consumo de melancia. Sendo evidente que o fruto era consumido em ambas as fases, só em época islâmica é que se verificou uma prática de consumo das suas sementes. Foi feito inclusive trabalho experimental para registar e comparar fracturas da casca das sementes. Podem ver este estudo num artigo já publicado.
O consumo de citrinos está também atestado em ambos os períodos. De Citrus cf. medica (Cidra) só surgem sementes pelo que os autores deduzem que as cascas eram consumidas, pois várias receitas romanas e muçulmanas incluem casca deste fruto.
No entanto, surgem cascas de Citrus cf. X aurantifolia (lima). Os frutos surgem cortados ao meio, com claras evidências de lhes ter sido retirado o sumo. Estes vestígios resumem-se unicamente aos níveis islâmicos.
As uvas eram consumidas frescas em época romana enquanto no período islâmico possivelmente também eram consumidas como passas.
Uma última palavra para o surgimento de sementes de Lupinus albus – vulgarmente conhecidos como tremoços. Surge a semente mas também a casca desta em separado, testemunhando o seu consumo bem ao jeito mediterrânico, tal como o fazemos hoje.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Torwiesen II – povoado neolítico construído em cinco anos (entre 3283 e 3278 cal BC)
Voltando ao último congresso do IWGP, falo agora da comunicação de Ursula Maier, intitulada “Detecting intra-site patterns with systematic sampling strategies – archaeobotanical grid sampling in lakeshore settlements”.
A autora falou de um povoado muito interessante, Torwiesen II, localizado no sul da Alemanha. Podem ver o resumo da comunicação aqui ou ler mais neste artigo já publicado na revista Environmental Archaeology.
Até agora foram recolhidos nas amostras estudadas (que são somente subamostras) 1.429.734 macrorrestos vegetais de mais de 150 espécies. As recolhas foram feitas com uma estratégia comum a este tipo de sítios lacustres, i.e., recorrendo a tubos de plástico de 10cm de diâmetro e 20 a 30cm de comprimento colocados em cada metro quadrado.
O primeiro aspecto a salientar é o facto da sequência de construção do povoado ser conhecida ao nível do ano. Não é inédito na região, bem pelo contrário. É a vantagem de ter índices de preservação excepcionais e de, por isso mesmo, ter sequências dendrocronológicas muito bem apuradas. Assim, detectando-se as madeiras da construção das cabanas e passadiços, o seu estudo comparado com as finas sequências dendrocronológicas da região – obtidas numa tradição de muitas décadas de estudo em dendrocronolgia da área central da Europa – permite conhecer a data de abate de cada árvore. Deste modo, é conhecida a data de construção de cada casa, assim como dos espaços comuns. É possível conhecer momentos de renovação e obras nos espaços, ano a ano. Em Torwiesen II as 15 casas foram sendo construídas ao longo de cinco anos, entre 3283 e 3278 cal BC.
De resto, estes dados da construção do povoado foram unicamente pormenores na apresentação que se focava nos vestígios carpológicos. A autora detectou áreas de decorticação de cereais, áreas de confecção de alimentos e áreas de lixeira. Foram também encontradas diferenças entre diferentes casas. Algumas casas tinham grandes quantidades de cereais, linho e plantas recolectadas, noutras as espécies cultivadas eram raras enquanto que outras ainda eram especializadas em papoila. A parte curiosa é que as casas com abundantes cereais eram aquelas que tinham maiores dimensões, encontrando-se concentradas, todas elas, na área ocidental do povoado.
A autora considera esta diferenciação na distribuição dos macrorrestos vegetais como uma evidência de diferenciação social. Naturalmente, só uma leitura integral dos resultados arqueológicos permita aferir esta conclusão e afastar a possibilidade de estarmos perante uma mera diferenciação espacial de tarefas.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Conferência MNA/GEEvH/NAP
Relembro aqui a conferência de Hugo Rafael Oliveira a realizar no próximo dia 18 no Museu Nacional de Arqueologia. Este conferencista participou no XV Congresso do International Work Group for Paleoethnobotany realizado recentemente na Alemanha.
Uvas encontradas em Itália e Grécia: achados excepcionais
Mais uma apresentação realizada no último congresso do IWGP: “Seeds in context – the archaeobotanical macroremains from Muro Tenente, Southeast Italy”, da autoria de Daphne Lentjes.
O interesse geral deste sítio pode ser confirmado no site oficial aqui.
Saliento esta comunicação por ter focado o achado peculiar, numa sepultura, de milhares de uvas queimadas. Tudo indica que foram queimadas de propósito como parte de um ritual funerário. O mais impressionante é o surgimento da pele das uvas ainda agarrada (queimada) às grainhas. A autora afasta a hipótese de se tratar de evidências de prensagem de uva pois, segundo referiu, várias uvas surgem inteiras, praticamente intactas.
Este ritual implicou também a oferenda de cereais, ainda que em menores quantidades.
Podem ver também no poster de S. Valamoti e E. Gatzogia acerca da jazida da Idade do Ferro, grega, de Karabournaki imagens de uvas com pele. Neste caso os vestígios são interpretados como restos de uvas prensadas, testemunhando a produção de vinho. Vejam o poster aqui.
Acima de tudo estes são achados magníficos que atestam a capacidade de preservação pelo meio da carbonização, ainda que este sejam caso excepcionais.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Dorian Fuller: Domesticação de espécies no Próximo-Oriente
No último congresso do IWGP Dorian Fuller fez um comunicação muito interessante intitulada “Cultivation as slow evolutionary entanglement: comparative data on the rate and sequence of domestication”. Na sua apresentação, Fuller colocou a seguinte questão: “Rates of change in domestication are different from the rates of change in natural selection?”
Aparenta ser uma questão simples, no entanto é um assunto de extrema importância quando se estuda a neolitização e o inicio das práticas agrícolas no Próximo Oriente. Afinal de contas, os primeiros cultivos eram, na verdade, à base de espécies silvestres. A selecção de sementes, ano após ano, conduziu a alterações morfológicas. São essas sementes alteradas que constituem as espécies domesticadas.
Assim, são necessárias cautelas quando fazemos deduções simples, tais como “a presença de sementes de espécies domésticas num sítio arqueológico é um indício de agricultura enquanto a presença de sementes silvestres é um indício de recolecção”. A verdade é que nas jazidas contemporâneas desta fase de transição – isto é, da fase de domesticação e alteração morfológica das sementes das espécies cultivadas – as sementes de morfologia silvestre de algumas espécies poderão, na verdade, ter origem em práticas agrícolas. Claro que isto só constitui um problema, e um desafio, nos locais de origem de domesticação. No caso dos cereais do nosso Neolítico, o Próximo-Oriente.
Fuller cita os trabalhos experimentais de Hillman e Davies (ver referências abaixo) que concluíram que a domesticação – alteração morfológica com base na selecção de sementes – demoraria entre 20 a 100 anos. No entanto, os dados da Arqueobotânica sugerem que o processo foi bastante mais lento, de 200 a 4000 anos. Isto deve-se provavelmente à continuação da recolecção e cultivo de silvestres, lado a lado com as sementes seleccionadas, permitindo a existência de cruzamentos genéticos.
Conclui Dorian Fuller que houve “not a domestication event but yes a domestication process”.
Referências:
Hillman, G. C., and Davies, M. S. (1990a) Domestication rates in wild-type wheats and barley under primitive cultivation. Biol. J. Linnean Soc. 39: 39–78.
Hillman, G. C., and Davies, M. S. (1990b) Measured domestication rates in wild wheats and barley under primitive cultivation, and their archaeological implications. J. World Prehistory 4: 157–222.
domingo, 13 de junho de 2010
Uma FCT em Miniatura
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Carpologia no Norte de Espanha - novos dados
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Tutorial: "Integrated Archaeobotanical Research"
quarta-feira, 9 de junho de 2010
The 5th Experimental Archaeology Conference
terça-feira, 8 de junho de 2010
Curso de Osteologia Juvenil
Cranial and Postcranial Juvenile
Osteology for Medical, Forensic and
Archaeological Practitioners
Continuous Professional Development Modules
August 2010
Module 1 – Cranial Juvenile Osteology
(2nd-6th August)
• Embryology of cranial skeletal elements
• Developmental osteology and
morphology of the cranial bones
• Development of the dentition
Module 2 – Postcranial Juvenile Osteology
(9th-13th August)
• Embryology of postcranial skeletal elements
• Developmental osteology and morphology of
the postcranial bonés
Introduction
• Held within the Centre for Anatomy and Human
Identification, University of Dundee, Scotland, UK
• Choice of two week long residential modules:
Cranial Juvenile Osteology
Postcranial Juvenile Osteology
• Modules delivered by some of the leading world
experts in the field of human developmental
osteology
• Offers current professionals and those in training
an opportunity to enhance their continuous
professional development.
Course Outline
• To provide specialised training in cranial and
postcranial juvenile osteology
• Concepts and principles of the developing human
skeleton will be introduced, including the
embryology, development and morphology of each
individual bone within the human skeleton
• Intensive series of lectures and a large practical
component which will allow direct examination and
assessment of juvenile skeletal remains.
• Practical sessions based on the unique Scheuer
Collection of Juvenile Remains
• The Scheuer Collection is believed to be the only
active repository for juvenile skeletal remains held
anywhere in the world
For Further Information and an Application Pack Contact:
Dr C Cunningham
Centre for Anatomy and Human Id
College of Life Sciences
University of Dundee
Dundee
Scotland, UK
DD1 5EH
+44 (0)1382 388351
c.a.cunningham@dundee.ac.uk
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Grupo de Biologia Evolutiva em Portugal
Citando e-mail que se encontra em circulação:
Grupo de 'Biologia Evolutiva em Portugal'
Em Setembro de 2005, foi criada uma rede informal entre os biólogos evolutivos portugueses, trabalhando quer em Portugal quer no estrangeiro. O objectivo foi o de melhorar a comunicação no seio desta comunidade, de forma a tomarmos conhecimento dos trabalhos desenvolvidos e dos eventos que se realizam na área.
Foi realizado um primeiro Encontro Nacional de Biologia Evolutiva em Dezembro de 2005, que reuniu colegas de todo o país e vários portugueses trabalhando no estrangeiro, que aproveitaram a sua viagem de férias a Portugal para também participar. Desde então um encontro tem vindo a realizar-se todos os anos (alternando entre Lisboa e Porto), tendo já ocorrido cinco encontros.
Existe um sítio na internet onde podem ver o historial do grupo e dos encontros, incluindo aceder aos programas de anteriores encontros, assim como hiper-ligações relevantes, incluindo ligações para vários grupos de investigação que trabalham em Biologia Evolutiva em Portugal
http://biologia-evolutiva.net/
Foi também formada uma lista electrónica «Biologia Evolutiva em Portugal», que conta com mais de 200 membros, e que serve para coordenar os encontros, divulgar eventos (conferências, defesas de tese, bolsas, etc.), e discutir temas relacionados com a biologia evolutiva. Para inscrição no grupo basta visitar
http://groups.google.com/
É fundamental que esta lista se actualize por forma a manter a sua eficácia na comunicação entre colegas. Solicita-se assim a todos os que, directa ou indirectamente fazem a sua investigação em temáticas relacionadas com esta áera integrativa de toda a Biologia, que se inscrevam no grupo.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Sediba Superstar
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Ateliês de Verão
O Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal irá promover alguns ateliês de Verão. Esta iniciativa destina-se a crianças dos 7 aos 13 anos e decorrerá durante o mês de Julho.