terça-feira, 26 de abril de 2011

"Antes de Cristo" ou "Antes na Nossa Era"

A discussão entre o uso de AC/DC (BC/AD) ou ANE/NE (BCE/EC) nas referências cronológicas em Arqueologia parece ter sido evitada em Portugal. Uns autores adoptam uma fórmula, outros preferem outra, entre a permanência e a mudança. Li poucas vezes uma justificação para qualquer escolha. Como excepção existe o texto de Rui Mataloto e Rui Boaventura, de 2009, acerca do Neolitico e Calcolitico do Sul de Portugal, publicado na Revista Portuguesa de Arqueologia e disponível aqui. Dizem os autores:

"Optou ‑se neste trabalho pela denominação de “antes da nossa Era” (a.n.e.) e “Era comum”ou “Era corrente” (e.c.), ao invés da antiga designação a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo), visando uma perspectiva laica e menos comprometida culturalmente, também assumida por outros autores"

Num outro blogue (ver Aqui) podemos ver uma outra abordagem acerca do tema. Aconselho os leitores a seguirem os links que a autora disponibiliza, lerem os diversos posts e comentários pois existem algumas ideias interessantes.

Normalmente a discussão coloca-se nestes termos: um modelo cronológico de base religiosa ou laica? Mas, "antes da nossa era" é verdadeiramente laico? AC/DC deve ser usado só porque é o mais usado há mais tempo?

A minha opinião vou deixar num comentário a este post.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Territórios de Fronteira




Irá decorrer no próximo dia 4 de Maio a nova edição do ciclo de conferências Territórios de Fronteira. Este evento é co-organizado pelo Grupo de Estudos em Evolução Humana (GEEvH), pelo Núcleo de Arqueologia e Paleoecologia da Universidade do Algarve (NAP) e pelo Museu Nacional de Arqueologia. Será neste último que o ciclo terá lugar.

Os conferencistas convidados são Silvério Figueiredo (Instituto Politécnico de Tomar), Cláudia Sousa (Universidade Nova de Lisboa) e Luís Rios (Universidade Autónoma de Madrid).

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nova visão sobre o megalitismo português: os enterramentos infantis

Um novo estudo junta recentes abordagens teóricas - fenomenológicas - aos dados antropologicos existentes para as práticas funerárias Neolíticas e Calcolíticas da Estremadura portuguesa. É dado especial ênfase aos enterramentos infantis.

Pode ser descarregado aqui.


WATERMAN, A. J. and THOMAS, J. T. (2011), WHEN THE BOUGH BREAKS: CHILDHOOD MORTALITY AND BURIAL PRACTICE IN LATE NEOLITHIC ATLANTIC EUROPE. Oxford Journal of Archaeology, 30: 165–183. doi: 10.1111/j.1468-0092.2011.00363.x

Towards the end of the fifth millennium BC, a new funerary tradition developed in Iberia and elsewhere in Atlantic Europe involving the use of megalithic tombs and natural or artificially constructed caves for the collective burial of the dead. Ancestor worship has been the most common theoretical framework used to explain this Neolithic burial tradition, despite demographic information which indicates that these burials house the remains of a significant percentage of children and adolescents. Using data from Late Neolithic (3500–2500 BC) tombs in south-western Iberia as a departure point, in this paper we suggest that by reconsidering the impact that childhood mortality had upon burial and grave visitation practices in Neolithic communities, archaeologists can gain valuable phenomenological information which will allow for a more robust, multivocal interpretative approach.

domingo, 3 de abril de 2011

U. Bournemouth: Paleoantropologia

A Universidade de Bournemouth procura contratar um docente em paleoantropologia e evolução humana. As funções serão desempenhadas na School of Applied Sicences. Mais informações e contactos são disponibilizados aqui.