sexta-feira, 15 de abril de 2011

Nova visão sobre o megalitismo português: os enterramentos infantis

Um novo estudo junta recentes abordagens teóricas - fenomenológicas - aos dados antropologicos existentes para as práticas funerárias Neolíticas e Calcolíticas da Estremadura portuguesa. É dado especial ênfase aos enterramentos infantis.

Pode ser descarregado aqui.


WATERMAN, A. J. and THOMAS, J. T. (2011), WHEN THE BOUGH BREAKS: CHILDHOOD MORTALITY AND BURIAL PRACTICE IN LATE NEOLITHIC ATLANTIC EUROPE. Oxford Journal of Archaeology, 30: 165–183. doi: 10.1111/j.1468-0092.2011.00363.x

Towards the end of the fifth millennium BC, a new funerary tradition developed in Iberia and elsewhere in Atlantic Europe involving the use of megalithic tombs and natural or artificially constructed caves for the collective burial of the dead. Ancestor worship has been the most common theoretical framework used to explain this Neolithic burial tradition, despite demographic information which indicates that these burials house the remains of a significant percentage of children and adolescents. Using data from Late Neolithic (3500–2500 BC) tombs in south-western Iberia as a departure point, in this paper we suggest that by reconsidering the impact that childhood mortality had upon burial and grave visitation practices in Neolithic communities, archaeologists can gain valuable phenomenological information which will allow for a more robust, multivocal interpretative approach.

3 comentários:

  1. Como dizem os ingleses "what a load of bulls**t!". Gosto particularmente de frases tipo esta

    "An alternative possibility to consider is that Neolithic collective burials may have been
    places in which deceased children were entrusted to the care of the ancestors. In this way, child burial may have been part of ancestor veneration, in as much as the living wished to continue to‘provide’ for their offspring even after death by integrating them into the larger ancestral body."

    Nem seuqre sabemos ao certo se os monumentos megaliticos tinham alguma coisa a haver com um suposto culto dos antepassados! Esta gente ve no registo arqueologico aquilo que quer ver, mistura "fantasia e imaginacao" com "factos" como se nao houvesse qualquer distincao. E justificam esta falta de honestidade intelectual com a ideia da "multivocalidade" bem expressa logo no "Abstract"

    "(...) archaeologists can gain valuable phenomenological information which will allow for a more robust, multivocal interpretative approach (...)."

    Que e* ocmo quem diz "podemos ter qualquer masturbacao mental que nos apeteca, independentemente de ser razoavel ou nao, porque isso vai enriquecer as diferentes visoes do passado". E depois cada leitor que escolha da arvores das interpretacoes o fruto que lhe parece mais apetitoso.

    Cada vez mais a arqueologia parece Hollywood, e* uma forma de entertenimento e nao uma empresa intelectual seria.

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  2. Mas o texto tem cinco páginas de bibliografia e tem esquemas com setas... será que não estás com má vontade Hugo?! O texto tem de ser bom, afinal está numa revista internacional com revisão! Eheheh.

    Como se faz a revisão de um texto assim? Qual o limite estabelecido para aceitar ou não um texto para publicação? Basta citar Thomas, Bradley e Tilley?

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  3. Eh eh, muito gostam estes senhores de esquemas com setinhas (e tres niveis de sociedade ou la o que era).

    As cinco paginas de bibliografia e* para dar um ar de "escolaridade e eloquencia" que disfarca a ausencia de boas ideias: a "marca da besta" dos pos-modernos.

    Bem, eu se fosse editor aceitava o artigo para publicacao. E* uma visao da qual discordo mas e* uma visao valida. Desde que nao haja manipulacao de factos, in-verdades ou escrita grosseira o artigo deve ser publicado. Mas sim, outro apanagio dos "post-men" (pos-modernos, pos-marxistas, pos-processualistas, pos-estruturalistas, pos-x, pos-y, pos-z) e* o recurso a* autoridade atraves da citacao dos pesos-pesados da area. No caso da fenomenologia (musica a compasso: "Feeeelings... nothing more than feeeelings") sao os tres estarolas Thomas, Bradley e Tilley.

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