sexta-feira, 17 de junho de 2011

InBio: Rede nacional de investigação para a biodiversidade

Notícia do jornal Público

Criada rede nacional de investigação para a biodiversidade com 300 cientistas
17.06.2011
Helena Geraldes

Preencher os espaços em branco sobre a natureza em Portugal e dar apoio científico às políticas públicas é o grande objectivo do InBio, rede que reúne 300 investigadores de 20 nacionalidades e um dos novos Laboratórios Associados do Estado.

O lobo ibérico poderá vir a ser um dos primeiros a beneficiar do InBio - Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva que, durante oito anos, foi apenas uma ideia e que este ano recebeu luz verde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior como novo Laboratório Associado. A estratégia de conservação do lobo, espécie classificada Em Perigo de acordo com o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, precisa de “uma revisão” e de “informação mais consistente”, avançou ao PÚBLICO Tito Rosa, presidente do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), organismo estatal que, a 23 de Janeiro, assinou um protocolo de cooperação com os investigadores.

“Cada vez temos menos capacidade para produzir conhecimento, na luta do dia-a-dia para o cumprimento da regulamentação”, comentou o responsável, acrescentando que esta parceria é uma “mais-valia e uma forma de garantir uma intervenção mais correcta, conhecendo melhor os problemas”.

O InBio promove o trabalho em conjunto dos 300 investigadores, 110 dos quais doutorados, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO) da Universidade do Porto – instituição que apresentou a candidatura – e do Centro de Ecologia Aplicada Professor Baeta Neves, do Instituto Superior de Agronomia (ISA). A estrutura está aberta à participação de outras instituições.

“O nosso grande objectivo é auxiliar o Estado na política pública da biodiversidade, através daquilo que fazemos de melhor em Portugal a nível de investigação”, comentou Nuno Ferrand de Almeida, director do CIBIO.

Para Francisco Rego, coordenador do Centro de Ecologia Aplicada, trata-se de “capitalizar todo o investimento em Ciência que se fez nos últimos 20 anos e que ainda não está suficientemente utilizado”. E, segundo Ferrand de Almeida, “as equipas [de investigadores] estão muito motivadas”.

Entre os primeiros passos desta rede está a participação na revisão da Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e na elaboração de pareceres técnicos-científicos, a partilha de dados para reforçar o conhecimento sobre espécies e habitats, bem como acções de formação e a troca de experiências entre funcionários do ICNB e investigadores do InBio, através de um programa de Residências.

Para já, o InBio vai apostar na promoção da investigação da biodiversidade tropical, no estudo da evolução das espécies na Península Ibérica ao longo dos últimos 20 mil anos e na promoção dos recursos genéticos dos animais e plantas domésticos.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Curso em Osteologia Humana




O Departamento de Arqueologia da Universidade de Sheffield organizará no próximo dia 15 de Setembro uma Jornada de Introdução à Osteologia Humana. A inscrição pode ser efectuada aqui.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Climate, cultivation and early crops: late Pleistocene and early Holocene socioecological changes in the eastern Mediterranean

Vai ter lugar em Vitória a seguinte conferência:

Climate, cultivation and early crops: late Pleistocene and early Holocene socioecological changes in the eastern Mediterranean

Dr. Sue Colledge. Institute of Archaeology. University C. London

Lugar: Salón de Grados, Facultad de Letras. UPV/EHU.

Dia e Hora: Viernes, 10 de junio, 12.00 h.


The coincidence of climatic amelioration or degradation in the late Pleistocene/early Holocene of SW Asia (i.e., from c.15,000 to 10,500 cal BP) with the origins of organized food procurement and production cannot be overlooked, whether or not these events were the major impetus for change during this period. Archaeological evidence for the same period is well established; there are clear diachronic trends in settlement (e.g., most notably site size increase) and material culture traits that represent profound changes in social systems. For example, from the late Epipalaeolithic to the Pre-Pottery Neolithic A (PPNA) the region witnessed the appearance of complex hunter-gatherers, the founding of the first permanently settled villages and the initiation of crop-based agriculture.


Archaeobotanical evidence from late Epipalaeolithic and PPNA sites in SW Asia is sparse. Very few sites dated prior to c.10,500 cal BP have large and diverse assemblages of plant remains that can be used to construct datasets for testing climate-based hypotheses of agricultural origins. However, at a small number of tell sites situated in the Euphrates Valley in northern Syria charred plant materials are preserved in quantities that have allowed detailed investigation of changes in emphasis of plant food exploitation, which may indicate deliberate management, or cultivation, of wild crops.

The nature of the processes by which the economic and cultural elements regarded as Neolithic subsequently spread beyond SW Asia continues to be the subject of much debate. An important set of data that has hitherto been largely absent from this debate is the preserved crops and associated weeds of the earliest farmers. These data have hitherto rarely been collated or analysed in a systematic manner on a large spatial scale, which is essential for understanding the chronological framework for the evolution of the earliest domestic crops (i.e., the ‘founder crops’) and the initial dispersals from their location/s of origin.