sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Nossa Família Será Demasiado Numerosa?

Foram divulgados alguns resultados relativos a novos achados hominóides na África do Sul. Os autores do artigo publicado na Science propõem a inclusão desses achados numa nova espécie do género Australopithecus – Aus. sediba. Os fósseis referem-se a dois indivíduos, um juvenil possivelmente do sexo masculino (MH1) e um adulto possivelmente do sexo feminino (MH2). A datação dos restos encontrados em Malapa, que dista apenas 15 km de outros sítios bem conhecidos como Sterkfontein, Swartkrans e Kroomdrai, aponta para uma datação com um intervalo entre 1.95 e 1.78 milhões de anos.

O artigo argumenta que o sediba fará parte da linhagem do Aus. africanus (3.0 a 2.4 milhoes de anos), outro hominídeo nativo desta região, e que poderá ser um ascendente directo da linhagem do género Homo. Os autores descrevem exaustivamente as evidências presentes no esqueleto que apontam para uma evolução em mosaico que dá suporte a essa afirmação. De entre todos os representantes do género australopitecíneo, o sediba apresenta o conjunto mais alargado de traços derivados (apomorfias). Esta hipótese dá lugar a mais dúvidas acerca da real posição dos H. rudolphensis e do H. habilis – seus contemporâneos – que têm sido alvos de acesa discussão.

A árvore evolutiva humana torna-se cada vez mais frondosa, mas há quem se questione se o registo fóssil está a ser bem interpretado e se aquela reflecte o número real de espécies presentes nesse registo. Na realidade, o problema em utilizar a cladística como forma de análise das relações evolutivas consiste na possibilidade de resultar na artificial multiplicação do número de espécies. Este sistema focaliza-se na partilha das apomorfias, os tais traços derivados mencionados anteriormente, estabelecendo assim relações de afinidade entre os diversos organismos. Estas afinidades são representadas na forma de cladogramas, nos quais dois organismos mais semelhantes entre si do que em relação a um terceiro têm teoricamente um antepassado comum mais recente. Um exemplo de cladograma pode ser consultado na figura.





Parece haver um consenso em relação à cladística como sendo o sistema mais prático visto que se baseia na parsimónia e no teste de hipóteses por oposição às avaliações subjectivas a que está obrigada a fenética – outro sistema de classificação. Além disso, a sua utilidade no discurso científico é imenso. No entanto, ao invés de descrever a ordem de surgimento de novas espécies, a cladística descreve apenas a ordem de surgimento de apomorfias independentemente de estas coincidirem ou não com novas especiações. Em teoria, cada clade (grupo de organismos derivados de um único ancestral) deve conter pelo menos uma apomorfia, mas será isto suficiente para a determinação de novas espécies? É claro que no caso da taxonomia relativa aos hominíneos extintos, a cronologia e a geografia têm também um importante papel na determinação de novas espécies. Porém, não podemos deixar de nos questionar se não estamos perante uma multiplicação artificial do número dessas espécies.

Fibulas do Castro de Pragança

Num estudo publicado já no ano passado, um conjunto de nove fibulas da Idade do Ferro, provenientes do Castro de Pragança (Cadaval) foram submetidas a técnicas não destrutivas de forma a determinar a sua composição. A técnica utilizada foi a micro-EDXRF (Micro-Energy-Dispersive X-Ray Fluorescence
Spectrometry).

A análise demonstrou estarmos perante 5 fibulas de bronze (Cu-Sn) enquanto que 4 são compostas por bronze e ferro. Vejamos algumas das conclusões dos autores do estudo (Melo et al. 2009):
"The results of the micro-EDXRF analyses show that all fibulae were made of bronze, with variable small amounts of As and/or Pb, and that 4 fibulae have axles made of iron.
[...]
In the case of the fibulae from Castro de Pragança, the use of iron for the manufacture of the less visible components of the objects, i.e., the axle, can indicate that iron was no longer considered a “precious” material as it seems to have been when it made its first appearance.
[...]
The Iron Age fibulae from Castro de Pragança are probably locally produced, even though they reveal different foreign influences."

É um trabalho muito interessante que permite alargar bastante o conhecimento que temos acerca da tecnologia antiga.

Referência:
Melo, A. A. , Figueiredo, E. , Araújo, M. F. , Senna-Martinez, J. C.(2009) - Fibulae from an Iron Age Site in Portugal. Materials and Manufacturing Processes, 24: 9, 955 — 959

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Milho


No final de uma apresentação num colóquio, já há uns meses, fui interpelado por uma pessoa do público que me questionou acerca do milho de que havia acabado de falar. Percebi então que a pessoa estava confundida acerca da espécie de que eu falava.

Para esclarecer quaisquer dúvidas, deixo aqui uma nota: o milho de que se fala em estudos arqueobotânicos de jazidas de épocas prévias ao descobrimento do continente americano não é o milho de origem americana que hoje consumimos e que é tão característico do noroeste do país.




São espécies distintas, com características bem diferenciadas, como podem ver nas imagens que acompanham esta mensagem. O milho-miúdo corresponde à espécie Panicum miliaceum L. e o milho painço é a Setaria italica (L.)P.Beauv.. São espécies de origem asiática. O milho americano é Zea mays L.

No que respeita aos vestígios arqueobotânicos, as cariopses do milho de origem asiática são muito diferentes. Os grãos de milho americano todos nós conhecemos bem. Segue uma foto de uma grão carbonizado de milho-miúdo para esclarecer esta questão (repare-se na pequena dimensão dos grãos, usualmente em torno do 1mm). Trata-se de um exemplar do povoado romano de Terronha de Pinhovelo, Macedo de Cavaleiros.

Grão carbonizado de Panicum miliaceum


quarta-feira, 21 de abril de 2010

III Jornadas do Quaternário: programa

III Jornadas do Quaternário. Evolução Paleoambiental e Povoamento no Quaternário do Ocidente Peninsular
Data: 7 e 8 de Maio de 2010
Local: Anfiteatro da Escola de Ciências da Universidade do Minho, Campus de Gualtar, Braga
inscrições: ver em http://apeq.no.sapo.pt/

Dia 7
9h30 – Abertura

Sessão de Povoamento, Cronologia e Dinâmica Sedimentar (Moderadora: Assunção Araújo – a confirmar)

10h-11h - Upwelling, efeito de reservatório, radiocarbono - inferências paleoclimáticas
António Manuel Monge Soares (Instituto Tecnológico Nacional)

11h-11h30 - O processo de Neolitização no Norte de Portugal
Sérgio Monteiro-Rodrigues

11h 30 -12h - A evolução da linha de costa no Entre Douro e Vouga, no 1º milénio a. C., a partir da arqueologia
Gabriel Pereira

12h-12h30 –(título a confirmar)
Laura Soares

12h30-13h- Debate

Sessão de Povoamento e Arqueozoologia (Moderador: Sérgio Rodrigues)

15h30-16h30 - Faunas arqueológicas en el Noroeste de la Península Ibérica
Carlos Fernández Rodrigues (Universidade de Léon)

16h30-17h- Peixes do Quaternário de Portugal
Sónia Gabriel

17h-17h30 - Problemática do enchimento dos Fossos 3 e 4 (Sector I) dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz) com base na análise estratigráfica dos restos faunísticos
Cláudia Costa

17h30-18h - O sítio da Idade do Bronze das Areias Altas, Porto: identificação de novos contextos arqueológicos e a problemática da sua interpretação
Sara Luz

18h-18h30 - Análises químicas de conteúdos orgânicos de recipientes cerâmicos da Idade do Bronze do Norte de Portugal
Luís Gonçalves, Ana M. S. Bettencourt e M. Isabel Caetano Alves

18h30 - 19h -Debate

Dia 8
Sessão de Povoamento e Arqueobotânica (Moderadora: Ana M. S. Bettencourt)

10h-11h - Paisagens humanizadas da fachada ocidental da Península Ibérica: o olhar da arqueobotânica
Isabel Figueiral (Universidade de Montpellier)

11h-11h30- Análisis antracológico de estructuras de combustión neolíticas en el Noroeste Peninsular
Paloma Uzquiano e Maria Martín Seijo

11h30-12h- Terra, sementes e metal. Consideracións da agricultura na Idade do Ferro na actual Galicia
André Teira Brión

12h-12h30 - Agricultura e armazenagem de cereais em Monte Mozinho: uma abordagem interdisciplinar
João Pedro Tereso, Teresa Pires de Carvalho, Rubim Almeida da Silva e Pablo Ramil Rego

12h30-13h - Prácticas agrícolas y gestión del combustible en el monte gallego entre los siglos VII y XVII. El caso de A Mourela (As Pontes, A Coruña).
Maria Martín Seijo, Ferrán Antolín, Natalia Alonso, Ramón Fábregas Valcarce e A. Bonilla

13h-13h30 -Debate

Sessão de Povoamento e Ambiente (Moderadora: Maria Isabel Caetano Alves)

15h30-16h30- Cambio climático, biodiversidade e explotación humana dos recursos naturais no Noroeste Ibérico durante os últimos 100.000 anos
Pablo Ramil Rego (Universidade Santiago Compostela)

16h30-17h - Os últimos caçadores-recolectores da Serra da Cabreira (NW de Portugal). O Abrigo 1 de Vale de Cerdeira (Vieira do Minho)
José Meireles

17h-17h30 - A Mamoa 1 de Madorras (Sabrosa, Vila Real): perfil polínico e datações de Carbono 14
José Antonio López Sáez, Domingos Jesus Cruz e António Alberto Huet Bacelar Gonçalves

17h30-18h - Dados palinológicos para o estudo do litoral Norte durante o Sub-boreal: o sítio arqueológico do Corgo, Azurara, Vila do Conde
Helena Ribeiro, Hugo Aluai Sampaio, Maria Isabel Caetano Alves, Ana M. S. Bettencourt e Ilda Noronha

18h-18h30 – FMI 5000: um projecto sobre mudanças ambientais holocénicas
Ana Ramos Pereira

19h -19h30- Debate

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Agricultura pré-colombiana origina biodiversidade

Agricultura pré-colombiana terá contribuído de forma determinante para o aumento de biodiversidade na Amazónia. É a conclusão de um estudo coordenado por Doyle McKey e que combina dados de diversas origens, como a arqueobotânica, a sedimentologia e a ecologia.

Aparentemente, diversas estruturas de terra construídas por agricultores em época pré-colombiana tornaram-se, depois de abandonadas, em ricos ecossistemas. Num contexto de savana, tipicamente plano e monótono, estas irregularidades no terreno constituíram-se como novos ecossistemas, diferentes da restante savana e, por isso, constituem-se como verdadeiros acréscimos de biodiversidade.

A conclusão não é de todo surpreendente, afinal até em Portugal, mesmo sem abandono dos terrenos agrícolas, os mosaicos com áreas de exploração agrícola tradicional, manchas de bosque (usadas para aprovisionamento de lenha), áreas de prados e matos para pastagem, constituem-se como áreas de grande biodiversidade, pela simples razão de que são compostas por diversos ecossistemas, cada um com as suas espécies características.

Assim, na Guiana, o que os agricultores pre-colombianos fizeram foi criar "physical and biogeochemical heterogeneity in flat, marshy environments by constructing raised fields" (McKey et al. 2010).

Segundo o site treehugger este estudo "also raises the question of what is actually an unaltered, natural landscape". É um tema interessante e muito debatido. Relembro uma das primeiras mensagens escritas neste blogue a 23 de Novembro de 2009 (http://arqueociencias.blogspot.com/2009/11/espaco-como-categoria-cultural.html).

Referências:

McKey, D.; Rostain, S.;Iriarte, J.;Glaser, B.; Birk, J.; Holste, I.; Renard, D. (2010 - first on line) - Pre-Columbian agricultural landscapes, ecosystem engineers, and self-organized patchiness in Amazonia. Proocedings of the National Academy of Sciences of the United States of America.

http://www.newscientist.com/article/dn18762-how-interfering-humans-helped-amazon-diversity.html

http://www.treehugger.com/files/2010/04/pre-columbian-farming-helped-increase-amazon-biodiversity.php

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Radiopast - forum

Anunciamos o seguinte evento:

First Specialization Forum
“Integrated non-destructive approaches to understand and valorise complex archaeological sites”
Ammaia (Marvão - Portalegre, Portugal) 5th – 11th July 2010

Vejam a descrição e o formulário de registo em:
http://www2.radiopast.eu/wp-content/uploads/CALL-FOR-APPLICATIONS-AMMAIA-20101.pdf


Monte Areo (Astúrias) - novo estudo polínico centrado na neolitização

Está ainda no prelo o seguinte artigo:

López-Merino, L., Cortizas, A.M., López-Sáez, A. Early agriculture and palaeoenvironmental history in the North of the Iberian Peninsula: a multi-proxy analysis of the Monte Areo mire (Asturias, Spain), Journal of Archaeological Science (2010), doi: 10.1016/j.jas.2010.03.003

Trata-se de um estudo interessante, ainda que não muito diferente de outros realizados em contextos do Norte peninsular. Vou aqui apresentar algumas notas.

A turfeira de Monte Areo localiza-se a 200 metros de altitude, junto a diversos monumentos megalíticos. Este estudo polínico permitiu distinguir diversas zonas polínicas com importância para a compreensão do papel da agricultura na evolução da paisagem da região em questão, o Norte das Astúrias:

Zona MTA-2 (117-64 cm; ca. 8000-5500 cal BP) - Óptimo climático do Holocénico

- Inicio de sequência com aumento de percentagens de Pólen Arbóreo (AP). Seguido de duas fases de diminuição de percentagens de AP. Na primeira, AP diminui 90 a 50%, aumentando a percentagem de Erica (urzes). Segue-se uma recuperação da vegetação arbórea, antes da segunda fase de detrimento de AP, agora associada ao surgimento de pólen de cereal e a indicadores de erosão de solos.

Zona MTA-3 (64-54 cm; ca. 5500-3000 cal BP)

- Nova diminuição de AP, correspondendo a um incremento do polén de cereal (atinge o máximo para toda a sequência - 7,9%). Há novos indicadores de erosão.

Zona MTA-4 (54 cm-top; ca. 3000 cal BP-present)

- Numa fase inicial há uma recuperação de AP, traduzindo a recuperação do carvalhal. Diminuem os indicadores de erosão. Seguem-se duas fases de detrimento de vegetação arbórea. A primeira corresponde a novo aumento de pólen de cereal (atinge os 5,6%). A segunda coincide com a introdução do Eucalipto, aumento de percentagem de Pinus, mas também com maiores indicadores de fogo e pastorícia. Aumenta significativamente a percentagem de vegetação arbustiva.

Em síntese, as principais fases de desflorestação e expansão das formações arbustivas ocorreram a ~7330 cal BP, ~5515 cal BP, ~3860 cal BP, e nos últimos ~1300 anos. As principais fases de erosão ocorreram entre ~6760 e ~3860 cal BP. Por sua vez, a forma como os dados do estudo geoquímico são apresentados torna pouco clara a sua relação com a evolução ambiental da área.

Interessa salientar a importância deste estudo para a compreensão da neolitização e da introdução da agricultura no Norte peninsular. Os autores salientam que a data ~6735-6495 cal BP obtida para o primeiro pólen de cereal nesta sequência é uma das mais antigas para todo o Norte de Espanha, continuando dizendo que “this is consistent with archaeobotanical studies (cited earlier and in Table 3) that demonstrate the adoption of agriculture in northern Iberian Peninsula during the first half of the Vth millennium cal BC, and shows that the spread of agriculture in the north-Atlantic Iberia was a relatively rapid process”.

Embora não rejeite esta ideia, a verdade é que os dados que os autores citam na sua tabela 3 não parecem corroborar as suas afirmações. As datações directas de cereais parecem apontar não para a primeira metade do V milénio mas sim para a segunda, porventura para o início da segunda. As outras datações (sobre carvão ou ossos), assim retiradas dos seus contextos, sem sequer uma análise sumária, são difíceis de analisar. Outros textos já citados neste blogue em mensagens anteriores mencionam um pouco o problema em torno desta questão.

Este estudo é importante, sem dúvida, sendo especialmente relevante a data, tão antiga, do primeiro pólen de cereal. Esta sequência comprova também algo muito importante, já assumido por diversos autores: a pastorícia é anterior à agricultura nesta região mas não a antecede em tantos séculos quanto muitos pensavam. Por outro lado, os autores pecam por não explorar a relação dos dados paleoambientais desta turfeira com os inúmeros monumentos megalíticos que estão nas suas proximidades. Certamente haveria muito a dizer acerca do assunto.

Este estudo constitui mais um acervo de dados a ter em conta no estudo do Neolítico do Norte peninsular; mais estudos são necessários.

sábado, 10 de abril de 2010

A Importância da Literatura Cinzenta num Mundo a Cores

O último número da Nature inclui um artigo interessante sobre a denominada grey literature. No Reino Unido, desde há 20 anos que a legislação obriga os projectos de construção à avaliação do seu impacto no património arqueológico e a eventuais intervenções de salvaguarda. Isso conduziu a um incremento da investigação neste campo e calcula-se que mais de 90% desta seja resultante de projectos da arqueologia empresarial. Infelizmente, a sua divulgação está na maioria das vezes limitada aos relatórios que as empresas entregam aos seus clientes e aos organismos que tutelam a arqueologia britânica. Estes relatórios não-publicados constituem a literatura cinzenta e os académicos têm apontado algumas dificuldades em aceder a eles dado que não integram bibliotecas e não estão por isso disponibilizados para empréstimo inter-bibliotecário. Além disso, os relatórios entregues aos clientes são tratados como mercadorias e aqueles apresentam por vezes relutância em facultar a sua leitura.

Um exemplo da importância da literatura cinzenta é apresentado no artigo em questão. Durante os anos 80, os académicos concluíram que a população diminuíra drasticamente durante a Idade do Bronze nas Ilhas Britânicas. Esta teoria deveu-se ao reduzido número de povoados até então encontrados e atribuíveis a esta cronologia específica. Porém, os dados da arqueologia empresarial vieram invalidar esta conjectura dado que inúmeros povoados foram entretanto descobertos. Assim sendo, os investigadores não se podem dar ao luxo de omitir a literatura cinzenta nos seus projectos, pois é fundamental para a compreensão do Passado. Felizmente, já estão em curso alguns projectos de divulgação online, como são os casos da Oxford Archaeology e da Wessex Archaeology.

De certa forma, esta situação encontra paralelo na realidade portuguesa. Apesar das intervenções arqueológicas estarem obrigadas à entrega de relatório, a sua consulta está muito limitada geograficamente ao Arquivo do IGESPAR e a sua divulgação online poderia ser uma solução viável. Numa época de encurtamento das distâncias a nível global, pouco sentido faz que, a título de exemplo, um investigador residente no Porto tenha de se deslocar 300km para aceder a um processo em Lisboa. Esperemos que um recurso desta natureza esteja num horizonte próximo. Partilhem connosco as vossas opiniões!