As equipas americanas voltaram a trabalhar no Iraque, várias décadas depois. Começam já a colocar novas teoria acerca do surgimento e desenvolvimento das primeiras cidades. Aparentemente estas desenvolveram-se nas proximidades de pântanos e não de rios (Tigre e Eufrates).
Segundo a arqueóloga e especialista em detecção remota que liderou uma equipa de trabalho na região, o papel dos rios têm sido sobrestimado. Diz ela que a grande extensão e complexidade do sistema de canais verificado na região foi uma resposta a uma fase de escassez de recursos e não o instigador do desenvolvimento. Segundo ela, as áreas alagadas forneciam um grande manancial de recursos:
"delicate fish and bird bones at sites like Eridu and Uruk have been largely ignored by archaeologists, both because of the focus on sheep and goats and because such bones are not easily preserved."
O caso do Iraque é claramente o de um desfasamento em relação aos desenvolvimentos da arqueologia das últimas décadas. Para a compreensão das civilizações que estão na origem da escrita e, porque não, da nossa civilização, temos de remeter para uma literatura datada e uma arqueologia ultrapassada, em virtude de factores políticos.
Voltando à hipótese da arqueóloga, no fundo não é assim tão inovadora e não é isenta de problemas, como o próprio texto sugere: "the distinction between marshes, fields, and grazing land may be more blurred than she contends."
Esta noticia foi publicada no último número da revista Science.
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