segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bolsa: Antropologia Biológica

Está a concurso a atribuição de uma bolsa em Antropologia Biológica com o objectivo de investigar a saúde dos adolescentes na Londres Medieval a partir de uma análise paleopatológica e análise isotópica. Os responsáveis por este projecto são a Dr.ª Mary Lewis (Universidade de Reading) e a Dr.ª Janet Montgomery (Universidade de Durham). A bolsa terá uma duração de 3 anos e é financiada pelo Leverhulme Trust.

Mais informações aqui.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estágio em Antropologia Biológica

A Câmara Municipal da Figueira da Foz abriu concurso para a admissão de um estagiário em Antropologia Biológica. Um dos objectivos passa pelo estudo das colecções arqueológicas de restos humanos da reserva museológica da autarquia a partir de uma perspectiva biocultural.

Informações detalhadas podem ser consultadas aqui e aqui.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

5º encontro internacional de antracologia

5th INTERNATIONAL MEETING OF CHARCOAL ANALYSIS
The charcoal as cultural and biological heritage

Valencia, Spain, September 5th-10th 2011

Terá as seguintes sessões:

1. Methods, taphonomy, dating
2. Wood and charcoal anatomy. Problems and solutions
3. Pedo-anthracology and Pre-Quaternary charcoal
4. Archaeological charcoal: natural or human impact on the vegetation
5. Ethnographical data of wood and charcoal use

Podem ver mais detalhes aqui.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Dendrocronologia: "2500 Years of European Climate Variability and Human Susceptibility"

Foi publicado esta semana na revista Science um artigo que, através de um estudo dendrocronológico, tenta relacionar eventos históricos bem definidos com alterações ao nível ambiental.

No Centro da Europa foi recolhida uma série de dados dendrocronológicos de origem em árvores actuais, madeira de construção e madeira fóssil que permitem fazer inferências climáticas acerca dos últimos 2500 anos assim como documentar actividades de corte de árvores. Os elementos de registo são impressionantes e frequentemente comparáveis com fontes históricas. A título de exemplo:

"A total of 87 different medieval written sources comprise 88 eyewitness accounts of regional hydroclimatic conditions (with 1-7 reports per year) resolved to the year or better, which corroborate 30 out of 32 of the extremes preserved in our oak record between AD 1013 and 1504, whereas 16 reports have been found to be contradictory."

O grande conjunto de autores deste estudo demonstram existir uma evidente correlação entre diminuição de área florestada e aumento de população. Durante a peste negra, a população diminui e a área florestada aumenta. O mesmo acontece, ainda que de forma menos marcada, no período de crise e posterior desmantelamento do Império Romano do Ocidente (250-400 DC). Este último período corresponde, segundo o registo dendrológico, a uma fase de marcada instabilidade climática e forte aumento de precipitação, o que poderá ter acelerado ou pelo menos condicionado a crise socio-económica verificada na região. Por outro lado, fases historicamente tidas como de apogeu ao nível socio-económico, tais como a fase imperial romana e a Idade Média, apresentam um registo paleoambiental oposto:

"Average precipitation and temperature showed fewer fluctuations during the ~AD 1000-1200 period of peak medieval demographic and economic growth."

Em suma, "agrarian wealth and overall economic growth might be related to climate change on high- to mid-frequency (inter-annual to decadal) time-scales." Saliento o potencial dos estudos dendrocronológicos para as abordagens paleoclimáticas e, de um modo geral, paleoambientais. A possibilidade de fazer inferências numa escala anual e ao nível da década não tem paralelos em outras abordagens, por exemplo nos estudos polínicos, onde a escala temporal é um aspecto com o qual é mais difícil de lidar dada a natureza das séries sedimentares que servem de base aos estudos e o aporte de trabalho que representa o estudo de séries temporais de resolução fina.

Referência:
Büntgen U, Tegel W, Nicolussi K, McCormick M, Frank D, Trouet V, Kaplan JO, Herzig F, Heussner K-U, Wanner H, Luterbacher J, Esper J 2500 Years of European Climate Variability and Human Susceptibility. Science

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Pântanos e rios na origem das primeiras cidades, no Iraque

As equipas americanas voltaram a trabalhar no Iraque, várias décadas depois. Começam já a colocar novas teoria acerca do surgimento e desenvolvimento das primeiras cidades. Aparentemente estas desenvolveram-se nas proximidades de pântanos e não de rios (Tigre e Eufrates).

Segundo a arqueóloga e especialista em detecção remota que liderou uma equipa de trabalho na região, o papel dos rios têm sido sobrestimado. Diz ela que a grande extensão e complexidade do sistema de canais verificado na região foi uma resposta a uma fase de escassez de recursos e não o instigador do desenvolvimento. Segundo ela, as áreas alagadas forneciam um grande manancial de recursos:

"delicate fish and bird bones at sites like Eridu and Uruk have been largely ignored by archaeologists, both because of the focus on sheep and goats and because such bones are not easily preserved."

O caso do Iraque é claramente o de um desfasamento em relação aos desenvolvimentos da arqueologia das últimas décadas. Para a compreensão das civilizações que estão na origem da escrita e, porque não, da nossa civilização, temos de remeter para uma literatura datada e uma arqueologia ultrapassada, em virtude de factores políticos.

Voltando à hipótese da arqueóloga, no fundo não é assim tão inovadora e não é isenta de problemas, como o próprio texto sugere: "the distinction between marshes, fields, and grazing land may be more blurred than she contends."

Esta noticia foi publicada no último número da revista Science.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Doutoramento no Max Planck Institute

Aqui fica o anúncio:

Ph.D studentship in Human Palaeontology at the Max Planck Institute for
Evolutionary Anthropology

The Department of Human Evolution of the Max Planck Institute for
Evolutionary Anthropology, Leipzig (Germany) invites applications for
one or more PhD positions. Research projects will focus on the
cranio-dental fossil record of African Plio-Pleistocene hominins.

Applicants should hold a Masters degree or equivalent in biology,
anthropology, palaeontology, or a related field. A good basic knowledge
of the hominin fossil record, and of common analytical methods is
important. The PhD stipend will be given for three years, and the
successful candidate(s) will enroll in the Leipzig School of Human
Origins. The formal deadline of application is 31 January 2011
but late applications may be
considered.

For further information please contact

Fred Spoor (f.spoor@eva.mpg.de)
Alyson Reid (alyson_reid@eva.mpg.de)